Qualidade da educação em enfermagem
Hoje, as notificações de erro são de conhecimento público e muitas vezes são preveníveis. Esses erros podem estar relacionados ao exercício de técnicas de incumbência da equipe de enfermagem. Dentre as possíveis causas da ocorrência desses erros podemos citar: falta de atenção, sobrecarga de trabalho, deficiência na comunicação entre os componentes da equipe, e até mesmo o preparo inadequado dos profissionais por ensino de má qualidade.
O número de escolas de enfermagem é cada vez maior, assim como a sua procura. Assim nos perguntamos: qual a qualidade desse ensino? Ele está atingido os objetivos propostos? Estas instituições estão formando profissionais qualificados para o mercado de trabalho? Os profissionais formados estão preparados para os desafios da profissão?
Segundo informações repassadas pelo programa de entretenimento da rede Globo de televisão, Fantástico exibido em setembro de 2011, o Ministério da Educação (MEC) ao realizar exame para avaliar a qualidade do ensino nas faculdades de enfermagem do Brasil verificou que a porcentagem de cursos a baixo da média subiu de 6% para 47%. Dados como este apontam para indícios de que a qualidade de ensino e formação não está aumentando concomitantemente ao número de instituições abertas no Brasil (G1, 2011).
Os índices são preocupantes, pois são esses profissionais que estão entrando no mercado de trabalho diariamente, e que irão compor a nova geração de profissionais. No ensino, a universidade deve propiciar oportunidades para a construção do conhecimento, contribuindo assim, para a consciência crítica do aluno. Tanto na graduação quanto nos programas de pós-graduação, é preciso aproveitar todos os campos de ensino, pesquisa e extensão para que a aprendizagem seja mais efetiva e qualificada (PERES, 2002).
Em 2011, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o corte de 2.572 vagas do ensino superior em Enfermagem. A redução faz parte do processo de supervisão pelo qual passarão os cursos, em função dos resultados considerados insuficientes no desempenho dos alunos e futuros profissionais de enfermagem. As graduações ficaram com nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2010, indicador que indica a qualidade da oferta do ensino em uma escala que vai de 0 a 5 (BRASIL, 2011).
Com as medidas tomadas pelo MEC espera-se que a qualidade do ensino em enfermagem eleve seu nível, oferecendo aos estudantes formação que o deixe preparado para o exercício da vida profissional. Mas não cabe somente ao MEC ou a Instituição de Ensino Superior oferecer um curso de excelência, mas também é de responsabilidade do aluno buscar o conhecimento e atualizar-se frequentemente.
E você leitor, concorda que as instituições de ensino precisam oferecer cursos de maior qualidade? Sabemos que erros ocorrem diariamente, no seu ponto de vista quais são os motivos para que esses erros aconteçam? Deixe sua opinião!
Elaborado por: Cassiana dos Martyres e Isabela Patrícia Borges
Referências
G1. Cursos de enfermagem de má qualidade ameaçam vida de pacientes. 19/09/2011. Disponível em: <http://www.gp1.com.br/noticias/cursos-de-enfermagem-de-ma-qualidade-ameacam-vida-de-pacientes-211826.html>. Acesso em: 09 jul. 2013.
BRASIL. MEC – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. MEC corta vagas de cursos de odontologia, farmácia e enfermagem de qualidade insatisfatória. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/noticias/arquivos/2011/11/29/mec-corta-vagas-de-cursos-de-odontologia-farmacia-e-enfermagem-de-qualidade-insatisfatoria>. Acesso em: 08 jul. 2013.
PERES. A. M. Sistema de informações sobre pesquisa em enfermagem: proposta para um departamento de ensino de universidade pública 189 f. [dissertação - Mestre em Administração] Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Florianópolis. Florianópolis: Centro Sócio-Econômico da UFSC, 2002. Disponível em: <http://www.enfermagem.ufpr.br/paginas/publicacoes/Dissertacao_Aida.pdf>. Acesso em: 05 jul. 2013.
Arquivo
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Comentário
Att
Sergio Torres
Hoje o que mais me entristece é saber que a fiscalização dos sistemas COREN está praticamente impedida de notificar as instituições de ensino médio , motivo esse que a responsabilidad e total ficou apenas para a Secretária de Educação (fala de uma fiscal do COREN do Estado de São Paulo).
Quando passei a dar aulas em algumas instituições de ensino médio a qual oferece cursos de Técnico em Enfermagem, aqui no estado de São Paulo, pude perceber as falhas: Docentes despreparados sem formação pedagógica, sem didática e sem perfil ético lecionando; Técnico em radiologia ministrando aulas de anatomia e fisiologia em cursos de enfermagem; Docentes indo para campo de estágios com seus estudantes e permanecendo no campo apenas 1 hora, dispensando os estudantes e registrando 5 horas diárias; Carga horaria de estágios, o qual deveria ser no mínimo 400 horas para conclusão em Auxiliar Técnico em Enfermagem e 200 ao técnico em Enfermagem com menos de 80% sem conclusão e o docente assinando inclusive com o consentimento de coordenação de curso (ENFERMEIRA).
E uma preocupação mais grave ainda: Alguns pareceristas das empresas contratas a prestarem consultoria e dar seus pareceres sobre os funcionamento dos cursos, indo ao local para fazer a vistoria, sentando, tomando cafezinho e ate mesmo pedindo para as escolas ficarem tranquilas que já estavam aprovadas. Isso é o cumulo... chegam de surpresa e são recebidos com um excelente COFFE, já com o intuito de chamar a atenção do pareceristas ao luxo do COFFE e mesmo acaba ficando alienado aos prazeres das guloseimas e esquecem realmente da visita, passa-se o tempo, chega o almoço e a hora do mesmo ir embora aprovando a instituição. Incrível.
Será que o meu manifesto convence aos colegas do fórum que uma das parcelas de culpa tem um percentual alto em relação a formação? a Instituição a qual o formou? Ao docente que participou desse processo, digamos, que seria a transformação do sujeito, suas virtudes e o comprometimento com a ética.
Muito preocupante a situação dos erros, más a formação prejudicada contribui sim!
Inadmissível.
SISTEMAS COFEN E CORENs , OLHA ESTÁ NA HORA DE AGIREM , PRECISAM ENTRAR NA JUSTIÇA COM UM PEDIDO URGENTE AO MINISTERIO PUBLICO A INTERVERIM NESSA SITUAÇÃO DA FORMAÇÃO E QUEIRA OU NÃO AS SECRETARIAS DA EDUCAÇÃO TEM QUE ACEITAR NOSSOS PARECERES. AS EMPRESSAS CONTRATADAS PARA PARECERES NÃO ESTÃO OLHANDO A ATUAÇÃO DE SEUS PARECERISTAS. ELES ESTÃO APROVANDO OS CURSOS EM NIVEL MÉDIO A FUNCIONAREM, MESMO SABENDO DAS IMPLICAÇÕES QUE COM CERTEZA ATINGE A NOSSA CLIENTELA.
O Interessante seria criar uma comissão, montar uma equipe de especialistas em formação e fazer vistorias dessas escolas.
O artigo é legal, maravilha escrever, publicar como o da autora que postou esse artigo, más precisa-se intervir e melhorar esse ensino.
Se precisar de sugestões me escrevam.
Recebi senha e login para participar mas até o presente
momento não consegui entrar no portal.
Agradeço se for respondida.