Olá profissional de Enfermagem, como vai? O primeiro post do ano de 2013 tratará de um assunto muito importante para a saúde publica: a imunização.
O Ministério da Saúde juntamente com o Programa Nacional de Imunização vem traçando estratégias permanentes para manter alta as coberturas vacinais no país, por isso, abordaremos uma atualização a respeito do novo Calendário de Vacinação Infantil. Vamos lá?
No primeiro ano de vida, as crianças recebem uma série de vacinas, sendo a maioria delas injetável.
Com o intuito de diminuir o número de injeções em um mesmo momento, foram desenvolvidas as vacinas combinadas, produtos que, numa única apresentação, contêm um número maior de antígenos capazes de estimular a resposta imunológica contra mais de um agente infeccioso, vírus ou bactéria (BRASIL, 2012a).
Essa forma de apresentação maximiza a eficiência e o custo-efetividade do Programa Nacional de Imunização (PNI), trazendo benefícios como:
• Facilidade de administração;
• Redução da dor e do medo das crianças;
• Diminuição do número de idas aos serviços de saúde, contribuindo para o alcance elevado das coberturas vacinais (BRASIL, 2012a).
Outro aspecto importante é a redução dos custos dos imunobiológicos, bem como da logística operacional (armazenamento, transporte, seringas e agulhas) (BRASIL, 2012a).
Diante desse contexto, o Ministério da Saúde adquiriu a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) e a Vacina Pentavalente (DTP/HB/HIB) - vacina adsorvida Difteria, Tétano, Pertussis, Hepatite b (recombinante) e Haemophilus Influenzae tipo b (conjugada) (BRASIL, 2012a).
É inegável o sucesso e a contribuição da utilização da Vacina Oral da Poliomielite (VOP) na erradicação da poliomielite e no mês de agosto de 2012 o Brasil introduziu, a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) em esquema sequencial com duas doses de VIP e duas doses de VOP (BRASIL, 2012a).
As doses da VIP visam minimizar o risco, que é raríssimo, de paralisia associada à vacina. E as da VOP, visam manter a imunidade populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite (BRASIL, 2012a).
Estudos realizados em todo o mundo permitiram descrever as características da VIP, dentre elas, destaca-se a capacidade de evitar surtos de poliomielite, de modo que muitos países já a incluíram nos seus calendários de vacinação, de forma exclusiva ou com esquema sequencial (BRASIL, 2012a).
As crianças que nunca foram imunizadas contra a paralisia infantil, irão tomar a primeira dose aos dois meses e a segunda aos quatro meses, com a VIP, de forma injetável. Já a terceira dose (aos seis meses), e o reforço (aos quinze meses) continuam com a vacina oral, ou seja, as duas gotinhas (BRASIL, 2012a).
Enquanto a pólio não for erradicada no mundo, o Ministério da Saúde continuará a utilizar a vacina oral poliomielite (VOP), pois ainda existem três países (Nigéria, Afeganistão e Paquistão) endêmicos para a doença (BRASIL, 2012a).
Quanto à vacina pentavalente, ela reúne em uma única aplicação a proteção de duas vacinas distintas, a tetravalente - que deixa de ser ofertada e protege contra difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b (meningite e outras doenças bacterianas) - e a vacina contra a hepatite B (BRASIL, 2012b).
A pentavalente será administrada aos dois, aos quatro e aos seis meses de vida. Além desta vacina, a criança manterá os dois reforços com a Vacina Tríplice Bacteriana (DTP) (BRASIL, 2012b).
O primeiro reforço deverá ser administrado aos 12 meses e o segundo aos quatro anos. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. A vacina hepatite B também ficará disponível a outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a hepatite B (BRASIL, 2012b).
Estudos realizados com a vacina demonstraram alta imunogenicidade, com taxas de soroproteção equivalentes às da vacina de referência, entretanto, para garantir a imunidade a médio e longo prazo, é necessário que seja feito o esquema completo de vacinação, incluindo reforço (BRASIL, 2012b).
Muito importante conhecer essas mudanças não é caro profissional? Para continuar informado, clique aqui e veja um quadro comparativo com o Calendário Básico de Vacinação, mas não se esqueça de deixar a sua contribuição frente a esse assunto! Até breve!
Texto escrito pelas monitoras: Jessica Aparecida Majczak e Heloise Gonçalves Maia
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe técnico da introdução da vacina inativada poliomielite (VIP). Brasília, 2012a. Disponível em:<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_introducao_vacina_inativada_polio_vip_2012.pdf > Acesso em: 10 jan. 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe técnico da introdução da vacina pentavalente. Brasília, 2012b. Disponível em: <http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-06/informe-tecnico-vacina-pentavalente.pdf >. Acesso em: 10 jan. 2013.
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